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A hora do sono representa mais de um terço da vida dos humanos. Por isso é de suma importância optar por colchões que se adaptem à curvatura corporal do usuário. Caso contrário, a pessoa poderá sofrer com desconfortos no pescoço e nas costas, além de outros problemas mais graves, tal como o desvio de coluna e a hérnia de disco.

O ser humano passa cerca de um terço da vida dormindo. Essa constatação, já conhecida pela maioria das pessoas, só reforça a importância de descansar sobre uma superfície adequada para a postura. Afinal, uma noite mal dormida compromete o lado físico, emocional e fisiológico da pessoa. 

Na ortopedia, a hora do sono é tratada com muita seriedade, já que é um dos momentos mais propícios para o surgimento de patologias posturais. Dor na coluna, dor no pescoço, dor nas costas, lombalgia, desvio de coluna, entre outros transtornos, estão diretamente relacionados a um colchão de má qualidade.

Portanto, antes de optar por um leito confortável, a pessoa deve se atentar a uma série de pontos. Do contrário, poderá sofrer com as consequências de um colchão de qualidade duvidosa.

Problemas para saúde

A dor nas costas logo ao despertar é o primeiro indício de que está na hora de trocar o colchão. Esse tipo de desconforto pode ser um sinal de que a postura durante o sono está errada. A força exercida das costas contra a superfície ao longo da noite pode contribuir para agravamentos mais severos, como o desvio de coluna. 

Em longo prazo, a pessoa poderá desenvolver escoliose, provocada pela deformação óssea da coluna. Se não houver adequação necessária, até uma hérnia de disco poderá surgir por conta de um colchão irregular. Além disso, podem surgir problemas relacionados à circulação, ao cérebro e ao metabolismo, provindos do mau posicionamento no sono. 

As pessoas que sofrem com esses desconfortos, geralmente, vivem a base de medicamentos sem se dar conta que, às vezes, uma simples troca de colchão poderia amenizar dores como a dor nas costas, a dor na cervical, a dor no pescoço, a lombalgia, etc.

Escolhendo um colchão

A tecnologia na confecção de colchões proporciona modelos que se adequam aos diferentes biotipos (peso/altura). Existem os de mola, espuma e látex. Cada qual com sua especificidade e benefícios. A diferença deles está no tempo de vida útil e no respectivo preço. 

Antes de tudo, o colchão deve ser firme. Desconfie quando for excessivamente macio, ou rígido demais. Quando o apoio para as costas é fofo demais, o corpo encontra dificuldades em se manter reto. Já os mais duros não acomodam as curvaturas do tronco de forma eficaz. Em contrapartida, esse último tipo pode ser indicado para pacientes que sofrem com hérnia de disco e bico de papagaio.

De qualquer forma, a superfície ideal para evitar a indesejada dor no pescoço, dor nas costas, dor na cervical e lombalgia é aquele que proporciona uma acomodação que se adapta ao peso corporal. 

Mais precisamente, o usuário deve sentir como se estivesse flutuando. Só assim ele poderá adormecer sobre uma estrutura ideal para seu peso, apta para dar o suporte necessário a sua curvatura corporal. Sendo assim, o desvio da coluna e os respectivos desconfortos no pescoço e costas poderão melhorar, e ser evitados. 

Os colchões de mola são os mais recomendados pelos médicos, sobretudo para quem sofre com dor na coluna. Isso se deve ao fato deles disporem de características ortopédicas preponderantes. Esse tipo de superfície proporciona uma distribuição mais equivalente do peso corporal. E como frisado acima, o colchão de mola tem um apoio firme, essencial para a boa postura durante uma noite de sono.

Por isso, o recomendado é fazer o teste ainda na loja, independentemente do tempo de análise que for levar. Só assim a escolha poderá ser feita de forma correta, de acordo com o bem-estar de cada pessoa.

A troca de um colchão velho por um novo também é de suma importância para a saúde. De forma geral, colchões de espuma costumam a ter uma vida útil menor. Sua troca é feita em torno de três a cinco anos, conforme o seu estado de conservação. Já os de mola possuem uma durabilidade maior, cerca de oito anos até a próxima troca.  

Consulte um médico

Para excluir qualquer dúvida antes mesmo de fazer a aquisição do produto, o correto é consultar um especialista. Ainda mais quando o paciente já possui um histórico de doenças, como desvio de coluna e bico de papagaio. Com o aporte de um profissional de saúde, será possível identificar o tipo mais adequado de superfície, tendo como base as medidas estruturais de cada paciente. 

Ou seja, o colchão deverá distribuir o peso do corpo do usuário de forma correta. A mobilidade da pessoa enquanto dorme também é levada em consideração. O leito deve proporcionar movimentos seguros e suaves, de forma que se adapte ao contorno do corpo de seu usuário.

Seguindo todas essas recomendações, a probabilidade de reduzir os problemas de dor na coluna, pescoço, costas e região lombar é maior. Caso sinta qualquer dor na região das costas e lombar que possa estar associada a um colchão que já não está adequado para o uso, não deixe de consultar um médico ortopedista.

Responsável Técnico

Dr Sergio Kishio Morioka - CRM 44853
Bacia - Quadril – Joelho
Cargo na clínica