O que é?
O dedo em martelo é uma lesão que ocorre na ponta do dedo, podendo afetar qualquer um dos dedos das mãos. A lesão pode acometer tanto o tendão extensor, que é o responsável pelo movimento de extensão da ponta do dedo (provocando uma lesão parcial ou rompimento do mesmo), quanto pode haver uma fratura na falange distal (ponta do dedo), no local de inserção do tendão ao osso.
Essa lesão pode levar à incapacidade de esticar totalmente a ponta do dedo, sendo necessário se utilizar de auxilio da outra mão para se realizar esse movimento. O dedo em martelo recebe essa denominação em decorrência da posição em que fica a ponta do dedo, se assemelhando ao lado oposto da cabeça de um martelo.
Quais as causas?
Alguns fatores podem causar o dedo em martelo. Entre elas temos o rompimento do tendão, que pode acontecer após uma pancada na extremidade do dedo extendido, onde ocorre a flexão repentina. Outra causa é o trauma com o dedo dobrado.
Ambas as situações podem ocorrer durante a prática de esportes como vôlei, basquete e handebol, onde a pessoa pode levar uma bolada no dedo. Além disso, atividades cotidianas como torcer roupa, arrumar cama, entre outras, também podem levar às lesões que causam o dedo em martelo.
Qual é o grupo de risco?
Tanto homens quanto mulheres podem apresentar o dedo em martelo em algum momento da vida.
As mulheres podem estar mais predispostas a apresentar a lesão devido às alterações hormonais, o que deixa os tendões mais frágeis. Os idosos também podem ser acometidos devido à fragilidade tendínea em decorrência do envelhecimento natural.
Os indivíduos que praticam esportes de forma recreacional ou profissional são mais expostos a sofrer esse tipo de lesão, assim como trabalhadores que exercem atividades manuais. As crianças e jovens podem ser acometidos, em decorrência de acidentes domésticos ou das próprias atividades de brincadeiras que praticam.
Quais os sintomas?
O principal sintoma relatado é dor na ponta do dedo que pode se irradiar para toda a extensão do dedo.
O paciente pode ficar com o dedo inchado e em alguns casos pode ser observada a presença de hematoma. Após a lesão a pessoa apresenta uma incapacidade de esticar a ponta do dedo. É importante lembrar que se consulte um médico o quanto antes a fim de evitar que o dedo apresente deformações pela falta de tratamento.
Como é determinado o diagnóstico?
Para um diagnóstico preciso é necessário consultar um médico ortopedista especialista em mãos. O paciente deve relatar o seu histórico de sintomas, bem como a situação que provocou a lesão. A prática de atividades profissionais e esportivas também devem ser informadas.
O médico deverá fazer uma avaliação do local afetado por meio da realização de movimentos específicos, que permitam uma melhor observação da mobilidade e da sensibilidade.
Ele também poderá solicitar a realização do exame de raio-X com a finalidade de se avaliar se houve fratura ou não e qual a extensão da lesão do tendão. O raio-X permite avaliar se não houve outra lesão além do dedo em martelo, como a luxação e fratura da mão.
Determinado o diagnóstico, qual o tratamento mais indicado?
Nos casos onde a extensão da lesão for menor, o tratamento conservador ou clínico é o mais indicado. Nesse caso, o dedo é posicionado de forma reta, seguido de colocação de uma tala de alumínio. O paciente deverá permanecer com a tala pelo período de 6 a 8 semanas. Essa tala deve ser trocada pelo médico a cada 1 a 2 semanas, ou quando for molhada. Após esse período, deve ser uma tala noturna pelo período de 1 mês.
Quando houver fratura, pode ser realizado um procedimento com a aplicação de anestesia local, onde um fio metálico intra-ósseo ou alguns pinos são colocados para fixar a fratura. O fio ou os pinos devem ser retirados após 6 a 8 semanas.
Em situações onde houver um rompimento total de tendão e/ou com fraturas com fragmentos maiores, onde o deslocamento for maior que 30 graus, é indicado o tratamento cirúrgico, onde é feita a sutura do tendão e fixação da fratura. Nesses casos também são colocados pinos ou fios metálicos.
O tratamento fisioterápico é indicado após os tratamentos conservador cirúrgico. Ele deve ser iniciado somente após 10 dias da retirada dos pinos ou da tala e visa a recuperação da mobilidade de extensão e flexão da ponta do dedo por meio de exercícios de fortalecimento.