O que é?
O cisto sinovial é considerado um tumor de caráter benigno, que se apresenta como um nódulo que pode variar de tamanho, apresentando aproximadamente de 1 a 3 centímetros. Esse nódulo se localiza acima das articulações e tendões, apresentando-se como um cisto na mão ou no punho, raramente aparecendo entre a palma da mão e o punho.
A articulação sinovial é responsável pela comunicação entre extremidades ósseas proporcionando a movimentação e amenizando o atrito entre as estruturas que a formam: cartilagem, ligamentos, líquido sinovial, membrana sinovial e cápsula articular.
Devido a alguns fatores pode ocorrer uma dilatação, como se fosse uma hérnia, da membrana sinovial e cápsula articular, formando um cisto palpável e visível, e com material que pode ser líquido ou semi-líquido em seu interior, podendo variar o volume existente.
Quais as causas?
O cisto sinovial pode ser causado por pequenas lesões da cápsula articular. Além disso traumas e lesões por esforço repetitivo podem levar ao aparecimento do mesmo.
Em indivíduos onde o aparecimento do cisto não estiver relacionado a essas causas, a causa principal pode ser um defeito na formação da articulação.
Qual é o grupo de risco?
A ocorrência de casos de cisto sinovial é prevalente em mulheres, em uma proporção de 3:1, ou seja, 3 mulheres para um homem. Na idade adulta, o cisto sinovial aparece principalmente entre os 20 a 40 anos de idade.
As crianças e jovens podem apresentar o cisto sinovial, ocorrendo geralmente entre 1 a 8 anos de idade. Fazem parte do grupo de risco também os indivíduos que realizam atividades com esforço repetitivo, como a prática de musculação e tocar alguns instrumentos musicais como guitarra e violão.
Quais os sintomas?
Na grande maioria dos casos o cisto sinovial é assintomático e o indivíduo apresenta um caroço no punho ou na mão, sendo que o caroço na mão geralmente se apresenta como uma bolinha nas costas da mão. Esse cisto é macio e não se move.
A pele não apresenta sinais de processo inflamatório e a dor só ocorre nos casos onde o cisto estiver comprimindo algum nervo da região afetada, o que pode ter como conseqüência a diminuição da sensibilidade e dificultar a realização de movimentos durante as atividades cotidianas.
Apesar de na grande maioria das vezes os cistos serem aparentes e palpáveis, em alguns casos eles podem não ser visíveis e só é descoberto quando o paciente apresenta dor.
Qual o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser feito pelo médico e deve ser realizado com base no histórico do paciente.
Ao exame físico deve ser realizada a palpação da lesão, onde se observa se a massa (cisto) é visível e palpável, se avaliar seu volume e se adere ou não à pele.
O médico também deve colocar um foco de luz sobre o cisto, pois se este ficar avermelhado sob a luz indica que seu conteúdo é líquido.
Pode ser solicitado também a realização de exames de imagem como a ultrassonografia e a ressonância magnética, que auxiliam na identificação dos cistos que não são aparentes.
O diagnóstico preciso é importante para se diferenciar ou identificar a presença de outras patologias que podem apresentar a formação de nódulos, como o dedo em gatilho.
Determinado o diagnóstico, qual o tratamento indicado?
Nos casos onde o paciente não apresentar sintomas, não é necessários se realizar um tratamento específico, pois o cisto tende a desaparecer espontaneamente.
Já nos casos onde o cisto estiver comprimindo os tecidos presentes no local, provocando dor e perda de sensibilidade e força, o tratamento mais indicado é a imobilização da articulação com o uso de uma tala, que comprime o cisto.
O médico pode aspirar o conteúdo do cisto com agulha fina e anestesia local, podendo ou não ser realizada uma infiltração com corticóide após o procedimento de esvaziamento do cisto. Esse procedimento tem a finalidade de se evitar que o cisto encha novamente.
Tratamento cirúrgico
Nos casos onde houver uma reincidência com freqüência pode ser indicado o tratamento cirúrgico. Este pode ser realizado pela via aberta ou por artroscopia, lembrando que o melhor método a ser realizado deverá ser definido pelo médico.
Informações de recuperação
Após a cirurgia, o local deverá ficar imobilizado com uma tala gessada que permita a movimentação dos dedos, não sendo permitido que o paciente faça força, como carregar bolsas e sacolas.
O primeiro curativo é realizado após 7 dias da cirurgia e a retirada dos pontos é feita após 10 a 12 dias.
Na terceira semana ocorre a substituição da tala gessada pela tala removível, dando início ao período de reabilitação e fisioterapia para a recuperação da mobilidade do punho, além de propiciar o alongamento.
O paciente deverá seguir as orientações para o período de recuperação, pois a falta de repouso e fazer força durante esse período aumentam a possibilidade de ocorrer a reincidiva.