O que é?
A artrose nas mãos é uma patologia degenerativa que afeta principalmente as articulações dos dedos, onde temos a base do polegar, e as falanges distais (final dos dedos) e proximais dos dedos.
É caracterizada por provocar um desgaste da cartilagem presente entre os ossos, podendo levar à deformação dos dedos e à formação de protuberâncias ósseas conhecidas como nódulos de Heberden (presente na articulação do final dos dedos) e de Bouchard (presente na articulação do meio dos dedos).
Esse desgaste da articulação, que pode ocorrer nas duas mãos simultaneamente, provoca um quadro de dor e pode levar a uma perda de função, afetando a realização de atividades cotidianas e laborais.
Quais as causas?
Várias causas podem levar à artrose nas mãos. Dentre elas, temos doenças inflamatórias como a artrite reumatóide e lúpus eritematoso.
Fatores como hereditariedade genética, sexo e idade também podem predispor à artrose, que atinge principalmente as mulheres e indivíduos acima dos 50 anos.
Traumas e atividades laborais que exigem das articulações dos dedos por longos períodos, como ocorre por exemplo com os carpinteiros, também podem levar ao desenvolvimento de artrose nas mãos.
Qual é o grupo de risco?
A artrose nas mãos pode afetar homens e mulheres, principalmente acima dos 40 anos, em decorrência de desgaste natural da cartilagem. As mulheres que já passaram pela menopausa apresentam uma maior predisposição a apresentarem a doença.
Indivíduos que exerceram trabalhos onde há uma utilização das articulações das mãos por muito tempo como pedreiros, carpinteiros e donas de casa também podem desenvolver a artrose.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas apresentados são as dores nos dedos e nas mãos, principalmente no dorso, que podem piorar com a movimentação. No início da doença a dor pode ocorrer em um único período, sendo mais intensa ao acordar. Com a progressão da doença essa dor pode se estender por todo o dia.
Os indivíduos também podem apresentar inchaço e nos casos mais avançados rigidez articular, o que leva a uma dificuldade em realizar alguns movimentos realizados no dia- a -dia como escrever e pegar objetos.
Nos casos mais avançados podem apresentar formigamento e também deformidades, como os nódulos de Heberden e Bouchard.
Como é determinado o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser realizado por um médico ortopedista especialista em mãos e deve ser feito com base no histórico do paciente, além do exame físico.
O médico deve obter informações como queixa de dor, tipo e duração da dor, além de avaliar se há casos de artrose em familiares próximos.
Durante o exame físico devem ser observadas a presença de nódulos articulares, deformações, além de se realizar manobras para avaliação de movimentos, que ficam afetados em decorrência da doença, principalmente o movimento em pinça, que é realizado para pegar objetos.
Para se obter um diagnóstico mais preciso, o médico pode solicitar exames de imagem como o raio-X. Os exames de imagem também são importantes para auxiliarem no diagnóstico pois outras doenças como as tendinites (Sindrome de DeQuervain) e artrite reumatóide podem apresentar sintomas semelhantes.
Determinado o diagnóstico, qual o tratamento mais indicado?
O tratamento tem como principais finalidades aliviar o quadro de dor e restabelecer a função das articulações.
Para isso deve-se realizar um tratamento conservador que consiste na administração de antiinflamatórios e analgésicos para melhora da dor. É indicado também a realização de compressas de gelo de 3 a 4 vezes ao dia. Além disso, o médico pode indicar a utilização de órteses no punho (talas), que promovem a imobilização. O paciente deve realizar sessões de fisioterapia para melhora do quadro de dor e da inflamação.
Em alguns casos o médico pode realizar o procedimento de infiltração articular com corticóide para a diminuição da dor.
Como a artrose das mãos é uma doença de caráter progressivo, o tratamento cirúrgico pode ser indicado nos casos onde não houve melhora do quadro com o tratamento conservador, onde o paciente ainda sente dor e apresenta limitações de movimentação mais sérias.
Informações de recuperação
No período pós-operatório o paciente deve manter a imobilização da mão por três semanas.
A partir da terceira semana, deve ser iniciado o tratamento de reabilitação através de fisioterapia, que tem como finalidade a recuperação dos movimentos. O paciente poderá realizar suas atividades normais após um período médio de três meses.