O que é?
A lombalgia, ou “dor nas costas” como é chamada popularmente, é associada a um quadro específico de dores na região lombar, que fica na parte baixa da coluna, próxima ao quadril. Segundo da Organização Mundial da Saúde (OMS), as dores lombares também são um dos motivos mais comuns de visita ao médico, perdendo apenas para o resfriado e afetando 9,4% da população mundial, incluindo crianças.
Quais as causas?
Existem diversas causas associadas ao aparecimento da lombalgia, como por exemplo a dor ciática lombar, que se desenvolve a partir de uma das raízes nervosas situadas na região. Este tipo de dor nas costas é relevante e muito doloroso, já que dificulta a mobilidade do paciente e causa formigamentos. Todavia, é possível reconhecer outros fatores que contribuem para o desenvolvimento do quadro, tais como as causas mecânicas, inflamatórias, nervosas e reumáticas.
As causas mecânicas são comumente associadas a fatores como obesidade, excesso de levantamento de peso e movimentos bruscos. Elas podem ocorrer em praticamente qualquer idade, sendo mais comuns em pessoas sedentárias com idade entre 35 e 55 anos, período de incidência da dor lombar, cuja deve melhorar em até quatro semanas.
Já as causas inflamatórias são associadas a questões como a falta de condicionamento físico, flacidez muscular e sobrecarga de peso. Juntas, elas podem desenvolver uma inflamação no local e “travar” as costas mesmo durante o repouso.
Por fim, as causas reumáticas são decorrentes de doenças como a artrite ou a osteoartrose, que desgastam e lesionam as articulações e os ossos com o tempo e a idade.
Quem faz parte do grupo de risco?
Nota-se que a Lombalgia ocorre em várias pessoas e perante várias características, sendo as principais: o fumo, a vida sedentária, a má postura e a obesidade. Entretanto, há alguns fatores sem escapatória, como a velhice ou as doenças reumáticas.
No âmbito profissão e sexo, agricultores e pessoas que carreguem muito peso ou expostas a vibrações, com idade em torno de 35 e 65 anos, estão mais sujeitas a desenvolver a dor lombar (em idosos, há a chance de haver espondilolistese, popularmente conhecida como escorregamento da vértebra). No caso das doenças reumáticas, as mulheres durante a menopausa estão sujeitas por conta da possibilidade maior de desenvolver osteoporose, que causa a lombalgia.
Quais são os sintomas?
O principal fator da lombalgia é a dor, que pode ser localizada ou não, dependendo da região. Na prática, os pontos mais frequentes de dor lombar são desde a décima segunda costela até a prega do glúteo, com chance de irradiar para a coxa (e nesse caso pode ser um indício de estenose do canal vertebral).
Outros sintomas podem aparecer, como queimações e desconfortos no local, podendo até mesmo evoluir para a “coluna travada” que muitas vezes torna o indivíduo incapaz de ficar com o corpo ereto.
Como é feito o diagnóstico?
O processo de diagnóstico para a lombalgia é feito pelo ortopedista especialista em coluna e é simples, sendo solucionado em mais de 90% dos casos por meio de uma consulta com o médico e com um exame físico esclarecedor. O paciente não pode se esquecer de listar os sintomas, a região da dor, fazer um breve histórico médico dele e da família como também explicar a rotina, pois são questões as quais o médico leva em consideração.
Mas se mesmo assim o diagnóstico for inconclusivo, o ortopedista especialista em coluna pode pedir outros exames como radiografias, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou mesmo a ressonância magnética. Vale salientar que as dores lombares em jovens não são comuns e podem indicar doenças mais graves como espondilite anquilosante ou escoliose.
Quais são os tratamentos disponíveis?
Apesar de poder se estender por mais tempo, a lombalgia aguda tende a cessar. Dessa forma, recomenda-se o tratamento conservador, onde o médico prescreve o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, bem como descanso e, se necessário, afastamento do trabalho. Terapias passivas como massagens, eletroterapia, acupuntura e termoterapia devem ser evitados.
O tratamento cirúrgico é indicado somente para os casos onde o tratamento convencional não é suficiente para eliminar a dor lombar; a operação é indicada para menos de 10% das doenças lombares, sendo a maioria delas por conta de Hérnia de Disco.
Informações de recuperação e pós-operatório
Pessoas vítimas de dores lombares devem evitar o fumo, a vida sedentária e a obesidade, pois são fatores importantes para o agravamento ou desenvolvimento da dor na coluna lombar. Outras dicas podem ser tomadas, como evitar o stress e praticar natação, já que ela ajuda a fortalecer os músculos das costas e manter a boa postura.